Ano: 2007
Páginas: 364
ISBN: 9788520920107
Sinopse: Mariam
tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que
deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela
sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas
as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um
professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela
vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e
sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as
pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia
impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir
desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra
história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do
"todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos,
sentimentos e mistérios.
Se fosse por mim, jamais leria esse livro. Não é o
tipo de livro que costumo ler. Só li porque uma amiga emprestou-me e disse que
era muito bom, apesar de triste.
A Cidade do
Sol conta a história de duas mulheres que vivem no
Afeganistão. A primeira é Mariam, que nasceu em Herat. É a filha bastarda de um
homem muito rico e uma empregada. Vive de maneira humilde com sua mãe e espera
ansiosa pelas visitas semanais de seu pai. Mariam ama muito seu pai, mas ele
tem vergonha dela, não tem coragem de assumi-la diante da sociedade e de suas
três esposas. A mãe de Mariam morre e ela é obrigada a casar com um homem mais
velho e ir morar com ele em Cabul. No início, o marido é atencioso, mas logo
muda seu comportamento, tornando-se muito agressivo. Que homem asqueroso!
Alguns anos depois, em uma casa próxima, nasce
Laila. Uma menina muito amada pela família, que tinha tudo para ser feliz. Tudo
muda com a chegada da guerra. Os dois irmãos de Laila vão lutar no conflito e a
mãe entra em depressão. O pai perde o emprego, e Laila, não pode mais
frequentar a escola.
As vidas de Mariam e Laila se cruzam de uma forma
inesperada. As duas sofrem tanto que é impossível não torcer pela felicidade
delas. Gostei muito de Tariq. O rapaz enfrenta muitas dificuldades na vida, mas
não perde a esperança e não desiste de tentar ser feliz.
Com certeza é um livro que mexe com o leitor de
várias formas: nos deixa com raiva, com pena, emocionados e revoltados. Através
da ficção, o autor nos dá uma perspectiva de tudo o que o povo afegão sofreu
com os conflitos e com a dominação do Talibã.
O mais chocante foi ver como as mulheres eram a
ainda são tratadas naquela região. Elas são vistas como propriedade dos homens,
não podem ter vontade própria e tem que ser submissas. Com a chegada do talibã,
a situação piorou ainda mais. Elas não podiam nem andar na rua se não
estivessem acompanhadas de seus maridos. Se isso acontecesse, eram espancadas.
Eu sabia que ia ficar revoltada lendo esse livro, por isso não queria ler...
O livro todo é muito triste, então, se você quiser
ler, prepare-se para chorar...
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